domingo, 15 de novembro de 2015

Os extremistas do relativismo ideológico


        Os franceses assassinados nos atendados terroristas em Paris não merecem nossas lástimas. As famílias que choram a perda de seus entes queridos e a população que, acuada e amedrontada, teme andar pelas ruas da Cidade Luz, não são dignas de nossa solidariedade. São hipócritas todos aqueles que se comoveram com o terror na França.  Para sofrer, indignar-se, solidarizar-se ou horrorizar-se com a barbárie terrorista há que se ter um criterioso currículo politicamente correto. Quem não chorou Mariana, não merece perdão. Os franceses, e o mundo, não foram às ruas em solidária comoção pela tragédia de Mariana. Os brasileiros também não. Perdemos, todos, o direito de prantear as vítimas de Paris. É o que pregam os teóricos do relativismo ideológico.
            O relativismo rasteiro daqueles que, por ideologia ou estupidez, tentam minimizar o terror e constranger a indignação legítima da sociedade frente à selvageria, merece desprezo. Quem busca justificativas de qualquer natureza para atentados terroristas em qualquer parte do mundo, é digno de asco. O terrorismo tem o ódio como ideologia. Quem compactua com terroristas tem o mau-caratismo como alicerce.  Os mortos de Paris, foram executados por serem ocidentais. Ocidente que, com seus pecados e agruras, preza e defende a liberdade. Liberdade de opinião, de manifestação e de crença. Liberdades intoleráveis para os assassinos do Estado Islâmico.
            Os que louvam a outro Deus, merecem o inferno e a execução fria, sangrenta e impiedosa, é a convicção dos extremistas do Estado Islâmico. Os que choram outros mortos, que não os seus mortos, são hipócritas merecedores de escárnio, acreditam os extremistas do relativismo moral. Choremos nós, os não alienados por extremismos, pelas vítimas da fome, da malária, das catástrofes, da falta de assistência em saúde, da violência, da irracionalidade e do terror. Oremos, com nossas crenças, pelas vítimas de Mariana e Paris, enquanto ainda temos liberdade de orar. Prezemos sempre e incondicionalmente, pela igualdade, fraternidade e liberdade, valores desprezados e combatidos pelos extremistas de qualquer ideologia.

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